Desde 2010 é professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituição onde realizou graduação em Bacharelado em Filosofia (2002) e mestrado em Filosofia (2004). Obteve o título de doutor em Filosofia pelo Zentrum für Sozialwissenschaften und Philosophie da Universität Leipzig, Alemanha (2009). É membro fundador do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Fenomenologia (NUPEFE) da Universidade Federal de Pernambuco e atual coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Heidegger da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF). Pesquisa temas nas áreas de ontologia e fenomenologia, com ênfase em Heidegger, filosofia transcendental, filosofia da história, do tempo e da memória.

A partir de alguns esboços, anotações, esquemas e breves passagens das obras de Heidegger, é possível reconstruir um conceito existencial de memória. E como tudo o que diz respeito ao ser-aí, a sua memória – fenômeno formalmente indicado com o termo Behalten – dirá respeito a ser e verdade. Retido “na memória” é decerto o ente, mas sempre e apenas na medida em que transcendido, compreendido em seu ser e modo de ser (Zuhandenheit, Vorhandenheit, Existenz,etc.). Expondo a estrutura transcendental da retenção e a diversidade de comportamentos retencionais com fundamento no pluralismo ontológico característico da ontologia fenomenológica heideggeriana, a conferência acentua a amplitude insuspeitada da memória como modo de ser-no-mundo e discute possibilidades mnêmicas que permanecem ôntica e ontologicamente ocultas, se a tomamos previamente como uma faculdade psicológica ou psicofisiológica, dentre elas, o poder de determinação da essência da velhice, primeiro passo para elaboração do sentido extático-temporal do poder-ser etário, pesquisa em que a presente tentativa de reconstrução está contextualizada.